A atividade apoia a economia local ao fomentar o cultivo e a produção de alimentos nas aldeias
Na última segunda-feira, 19, o povo Apinajé deu um passo significativo em direção à autonomia e à valorização cultural com a entrega de alimentos para uma escola de ensino noturno na Aldeia Encontro das Águas, em Tocantinópolis/TO. Essa ação é parte da iniciativa Catrapovos, que visa fortalecer o conhecimento sobre alimentação regionalizada em escolas localizadas em territórios indígenas.
Ismael Fernandes Apinajé, residente da Aldeia Encontro das Águas e um dos representantes na entrega, expressou seu entusiasmo: “Ao ver que o que eu produzo nas aldeias é consumido pelas nossas crianças nas escolas, eu percebo o impacto positivo de tudo isso.” Seu depoimento reflete o orgulho e a satisfação que a comunidade sente ao ver seus esforços reverberando positivamente no dia a dia das crianças.
“Espero que possamos continuar avançando com essa iniciativa, mostrando que somos capazes de produzir e vender nossos próprios alimentos, o que incentiva outros a fazer o mesmo. Este é um passo importante para nossa comunidade indígena, melhorando nossa qualidade de vida e demonstrando que nossos esforços valem a pena”, completa Ismael.
Os representantes do povo Apinajé e da Associação Pyka Méx, organização membro da Coalizão Vozes do Tocantins por Justiça Climática, diretamente envolvidos na coordenação e execução deste processo, demonstraram que o esforço conjunto, a paciência e o diálogo são fundamentais para superar desafios e promover mudanças positivas. A entrega de alimentos frescos e produzidos localmente não só aprimora a qualidade da merenda escolar, mas também gera uma fonte importante de renda para as comunidades envolvidas, incentivando a autonomia e a sustentabilidade.
A iniciativa Catrapovos é um exemplo de como práticas alimentares tradicionais e locais podem ser integradas ao sistema escolar, proporcionando aos estudantes uma alimentação mais saudável e culturalmente relevante. Além disso, a iniciativa apoia a economia local ao fomentar o cultivo e a produção de alimentos nas aldeias, contribuindo para a renda das comunidades e fortalecendo sua capacidade de auto-sustento.